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Intervenções para reabilitação motora em pessoas com deficiência

Jul 28, 2023

Mensagens-chave

– Existem poucas pesquisas na área de reabilitação motora em pessoas com amputação por causas vasculares.

– Os estudos relataram alguns resultados positivos, mas temos pouca confiança nos resultados devido ao pequeno número de participantes e dados limitados.

O que é amputação e o que pode acontecer após a amputação?

Amputação é a retirada de uma parte externa do corpo. As amputações por causas vasculares são comumente associadas ao diabetes e à doença arterial periférica. A doença arterial periférica é causada por depósitos de gordura nas paredes das artérias (também chamado de aterosclerose) que leva ao estreitamento das artérias (também chamado de estenose) e obstruções nos principais vasos sanguíneos que irrigam a parte inferior das pernas.

Após a amputação do membro inferior, o processo de reabilitação requer adaptação física. A reabilitação motora visa potencializar o processo de reabilitação e uso de próteses melhorando a mobilidade, permitindo o retorno às atividades habituais, com perda funcional mínima e melhor qualidade de vida. O treinamento de força (elaborado para aumentar a força em um grupo muscular por vez) é uma técnica comumente usada para reabilitação motora após amputação de membro inferior. O treinamento de força inclui exercícios para os músculos circundantes do quadril e músculos do membro residual com o objetivo de aumentar a força muscular. Intervenções recentes que podem melhorar o processo de reabilitação podem ser realizadas em casa. Estes incluem imagens motoras (movimento simulado ou ensaiar mentalmente a ação sem realmente executar o movimento), ambientes virtuais (simulações geradas por computador) e facilitação neuromuscular proprioceptiva (alongamento dos músculos, visando alcançar a máxima flexibilidade estática).

O que queríamos descobrir?

Queríamos descobrir se essas intervenções eram eficazes para a reabilitação motora, pois a conveniência do treinamento em casa e os custos mais baixos podem ser atraentes para profissionais de saúde e pacientes.

O que nós fizemos?

Pesquisamos bancos de dados médicos para estudos bem desenhados em pessoas com amputações abaixo do joelho resultantes de doença arterial periférica ou diabetes, comparando diferentes intervenções para reabilitação motora entre si. As intervenções poderiam ter sido dadas isoladamente ou combinadas com os cuidados habituais (por exemplo, curativos e cuidados com o coto).

O que encontramos?

Encontramos dois ensaios clínicos randomizados (estudos nos quais os participantes foram divididos entre grupos de tratamento por meio de um método aleatório) com 30 participantes (pesquisa mais recente em 9 de janeiro de 2023). Um estudo com oito participantes avaliou imagens motoras combinadas com caminhada versus caminhada isolada. Um estudo com 22 participantes comparou dois diferentes protocolos de treinamento de marcha (um focado no nível de comprometimento versus outro focado no nível da tarefa). Não encontramos estudos que utilizaram outras intervenções como ambientes virtuais.

Resultados principais

Não houve diferença clara na avaliação da mobilidade entre imagens motoras combinadas com caminhada e caminhada isolada.

Ambos os protocolos de treinamento de marcha podem melhorar ligeiramente desde o início até após o tratamento para avaliação da mobilidade. Houve pouca ou nenhuma diferença nos efeitos colaterais comparando os dois diferentes protocolos de treinamento de marcha.

Quais são as limitações das evidências?

Não estamos confiantes nas evidências porque foram baseadas em apenas dois ensaios com um pequeno número de participantes. As pessoas sabiam qual tratamento receberam, o que poderia ter afetado os resultados do estudo.

Até que ponto esta evidência está atualizada?

A pesquisa mais recente foi em 9 de janeiro de 2023.

No geral, há uma escassez de pesquisas no campo da reabilitação motora na amputação disvascular. Identificamos evidências de qualidade muito baixa de que os protocolos de treinamento de marcha mostraram pouca ou nenhuma diferença entre os grupos nas avaliações de mobilidade e eventos adversos. O IM combinado com a prática física de caminhada versus a prática física de caminhada isolada não mostrou diferença clara na avaliação da mobilidade (evidência de qualidade muito baixa). Os estudos incluídos não relataram mortalidade, QV e dor fantasma e avaliaram participantes já usuários de próteses, impossibilitando a avaliação do uso de próteses.