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Plataforma de manutenção preditiva Tractian arrecada US$ 15 milhões

Oct 13, 2023

A Tractian, uma startup que desenvolve um produto para monitorar o status de máquinas e infraestrutura elétrica, anunciou hoje que fechou uma rodada de financiamento da Série A de US$ 15 milhões liderada pela Next47, com a participação da Y Combinator e outras. O dinheiro será aplicado no desenvolvimento de produtos e na expansão da força de trabalho e presença geográfica da Tractian, de acordo com o cofundador e coCEO Igor Marinelli, bem como nos esforços contínuos de aquisição de clientes.

Fundada em 2019, a Tractian é uma ideia dos ex-alunos da Y Combinator Marinelli e Gabriel Lameirinhas. Antes de iniciar a Tractian, eles trabalharam em uma fabricante de papel, a International Paper, como engenheiros de software, onde Marinelli diz ter notado como os sistemas eram atrasados ​​para monitorar a integridade das máquinas.

“Gerentes industriais de qualquer tipo precisam de rastreabilidade das ordens de serviço e precisam conhecer a saúde de suas máquinas a quilômetros de distância das operações”, disse Marinelli. "[S]em a combinação adequada de hardware e software, você não pode resolver o verdadeiro desafio do setor."

O principal produto da Tractian, que Marinelli diz estar com patente pendente nos EUA, usa IA para identificar problemas mecânicos que uma máquina pode estar tendo, analisando seus “ativos rotacionais”, como motores, bombas e compressores. O Tractian pode detectar sinais de folga, desequilíbrio e desalinhamento de vibrações e anomalias de temperatura medidas por sensores personalizados, afirma Marinelli, além de possíveis falhas elétricas.

“Basicamente, a plataforma utiliza dados de vibração, temperatura e parâmetros elétricos, além de informações sobre as especificações dos ativos monitorados, como potência, rotação, fixação, informações de montagem, entre outros. Os dados podem ser divididos em dois grupos: os referentes à análise espectral e os referentes à análise temporal", explicou Marinelli. "Os dados do espectro são usados ​​para uma análise mais profunda para interpretar a máquina de forma mais direta. Por meio do espectro, é possível reconhecer cada um dos componentes internos de uma máquina e como eles estão operando... No caso das máquinas, conseguimos saber quais componentes estão sendo ativados e como eles estão sendo ativados e assim identificar falhas."

A Tractian fornece sensores que se conectam a — e enviam dados sobre — máquinas por meio de redes celulares 3G ou 4G. O software da empresa fornece lista de verificação e etapas de inspeção para cada máquina, além de diagnósticos, recomendações, alertas e ferramentas de agendamento e inventários.

"Um modelo é tão preciso quanto a riqueza e relevância de seus dados de treinamento, por isso valorizamos muito as informações usadas para treinamento", acrescentou Marinelli. "Os modelos a princípio são generalistas, sendo preparados para uma operação global e não individualizados. Porém, a partir do momento que associamos um ramo desse modelo a uma máquina, ela passa a aprender o padrão de falha de uma máquina específica."

Monitoramento de equipamentos com Tractian.Créditos da imagem:Tractiano

Marinelli prontamente reconhece que a Tractian não é a primeira no espaço de análise de máquinas. As tecnologias de manutenção preditiva são usadas há décadas em motores a jato e turbinas a gás, e empresas como Samsara, Augury, Upkeep e MaintainX oferecem soluções com recursos semelhantes aos da Tractian. Em abril, a Amazon jogou seu chapéu no ringue com o lançamento geral do Lookout for Equipment, um serviço que ingere dados do sensor do equipamento industrial de um cliente e treina um modelo de aprendizado de máquina para prever sinais de alerta precoce de falha da máquina.

Em um sinal da competitividade do segmento, a Augury adquiriu este mês a Seebo, uma startup que forneceu às equipes de manufatura insights para otimizar seus processos industriais. A Augury é uma das startups mais bem financiadas do setor, tendo levantado quase US$ 300 milhões em capital de risco até o momento.

Mas tanto Marinelli quanto Lameirinhas percebem uma oportunidade em um mercado que pode valer US$ 12,3 bilhões até 2025. Em 2018, o Gartner previu que até 2022, os gastos com manutenção preditiva habilitada para internet das coisas aumentariam para US$ 12,9 bilhões, contra US$ 3,4 bilhões em 2018.